sexta-feira, 29 de abril de 2011

Largo da Oliveira

          O Largo da Oliveira, durante séculos, foi o coração do burgo vimaranense e muitos reis, nobres e priores da Colegiada, ali deixaram gravada, na pedra, a marca da sua personalidade e do seu zelo.
         A sua história tem início no século VII, em que Vamba, rei godo do século VII, decide plantar uma Oliveira em S. Torcato, para com o seu azeite alumiar o túmulo do Santo mártir. Mas a Oliveira gozou também da fama de milagreira uma vez que o seu azeite era usado na cura de numerosas enfermidades. Daí a Oliveira ter sido trazida para Guimarães, para junto da igreja românica de Santa Maria de Guimarães na Praça Maior, procurando desse modo que um maior número de doentes desta vila beneficiasse da sua proximidade.
          A Oliveira talvez ressentida por a terem retirado de junto do seu Santo Mártir definhou e morreu. Decorreram os anos e a Oliveira continuava de pé, mas seca, sem folhas nem frutos. Foi então que aconteceu o milagre da Oliveira, no dia 8 de Setembro de 1380, tendo como autor Pêro Esteves. Conta a história que foi vontade de Deus que deu a entender a Pêro Esteves que fosse a Normandia Anafrol, e que comprasse a Cruz, e a doasse a Guimarães. Quando a colocaram, a Oliveira, passado três dias, reverdesceu. Deu-se então o milagre da Oliveira. Após o milagre, atribuiu-se à Senhora e à igreja o título da Oliveira, Santa Maria de Guimarães/igreja de Santa Maria de Guimarães passou a chamar-se Nossa Senhora da Oliveira/igreja de Nossa Senhora da Oliveira, e a igreja e a vila tomaram por insígnias a Imagem da mesma Senhora com um ramo de Oliveira na mão. A Oliveira era vista pelos fiéis como símbolo de confiança, segurança e salvação, era usada na cura de numerosas doenças, e os soldados aquando da guerra levavam um ramo da Oliveira, pois acreditavam ser a arma mais defensiva para a guarda de suas vidas.

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